O que a orientação profissional faz é ajudar o indivíduo a encontrar uma profissão que ele tenha interesse, consiga se imaginar trabalhando e, por outro lado, que também seja compatível com os valores pessoais e expectativas profissionais dele.
O processo de orientação profissional consiste em algumas etapas:
É praticamente impossível escolher uma carreira sem levar em conta as caraterísticas pessoais de quem está escolhendo aquela profissão. Por isso, trabalhamos essa etapa de autoconhecimento, embora em um grau menos aprofundado quando comparado a um processo terapêutico.
Essa etapa consiste em conhecer as profissões que existem. A cada ano surgem novas carreiras e é preciso considerar todas as possibilidades. Conhecer a grade curricular dos cursos de maior interesse, assim como as possibilidades de atuação naquela área e o mercado atual no país onde a pessoa reside são fundamentais para uma escolha mais consciente e consistente.
Após as etapas de autoconhecimento e o conhecimento da realidade profissional, o orientador profissional ajuda o jovem na tomada de decisão. Nesse momento avalia-se os prós e contras das carreiras com as quais o orientando mais se identificou, considerando os valores pessoais e expectativas dele.
Pode existir uma diferença entre conseguir realizar algo bem e gostar de fazer algo. É possível que você faça algo muito bem, mas ainda assim não goste de fazer isto. Como também é possível que goste muito de fazer uma coisa na qual seu desempenho deixa a desejar. Por isso precisamos entender bem os interesses e habilidades de cada pessoa, lembrando que as habilidades podem ser desenvolvidas/treinadas, já os interesses são mais difíceis de serem mudados, embora isso também possa acontecer.
Para um conjunto de habilidades e interesses que um indivíduo possui, existem diversas opções profissionais nas quais ele poderia se dar muito bem. Por isso a importância de se considerar os valores, aspirações, atividades, ambiente de trabalho, características pessoais e estilo de vida que o indivíduo deseja ter.
Muitas dessas informações podem não ser acessadas pelos testes tradicionais. Esse é um dos motivos pelos quais os orientadores profissionais têm utilizado testes (quando fazem uso dos mesmos) apenas como instrumento de apoio, mas não mais como único instrumento no processo de orientação profissional.
Existem hoje mais de 200 cursos universitários, e sem informações precisas de cada uma das carreiras o jovem acaba se limitando às profissões mais tradicionais, que já são de seu conhecimento, ou as profissões que são exercidas por familiares e amigos. A orientação profissional amplia o leque de possibilidades.